Revista EBS

Cresce a busca por administradores com perfil de liderança no país, entenda

Foto: Freepik

Publicado em 22/01/2024

Quando uma empresa abre vaga no setor administrativo, ela busca por profissionais que conheçam um pouco de cada área da organização, tenham uma visão voltada para o mundo dos negócios e, principalmente, por aqueles profissionais capazes de exercer liderança e trabalhar o clima motivacional das equipes.

É isso que aponta a Pesquisa Nacional Perfil dos Profissionais de Administração, divulgada pelo Conselho Federal de Administração (CFA), em 2023.

O estudo indica ainda que as áreas mais promissoras para os profissionais do segmento são a consultoria empresarial, o empreendedorismo, o agronegócio e a administração pública, além da atuação em instituições financeiras. 

Essa busca por um perfil de liderança é reflexo da evolução das demandas corporativas e a compreensão, cada vez maior, do valor de um líder eficaz no mundo dos negócios. As organizações hoje em dia devem buscar ativamente profissionais que são capazes de conduzir bem as equipes, promovendo a inovação e o enfrentamento de desafios de forma saudável e produtiva, num ambiente empresarial que está em constante transformação.

A importância da liderança

O assunto “liderança” não é um tópico novo para a área administrativa. Há decadas, estudos e artigos acadêmicos tentam compreender e discorrer sobre a importância de uma boa liderança para as organizações. Mas o que é “liderança” afinal?

Algumas referências bibliográficas clássicas podem nos ajudar a compreender. Chiavenato, no tradicional Introdução à Teoria Geral da Administração (2000), afirma que “liderança é a influência interpessoal exercida numa situação e dirigida por meios do processo da comunicação humana para a consecução de um determinado objetivo.”

Pela definição teórica, podemos compreender, portanto, que um bom líder é aquele que sabe exercer sua influência e comunicar-se de forma eficaz a fim de garantir que a equipe atinja um determinado objetivo. 

Os bons líderes são de extrema importância para o desempenho e o crescimento de uma organização. Um líder não deve ser escolhido por “saber de tudo”, mas sim por ser capaz de gerir os recursos (humanos ou tecnológicos) a fim de viabilizar a completude da tarefa da melhor forma. 

Ao lidar com pessoas, o líder deve saber ser um bom comunicador, um bom ouvinte e, muitas vezes, um bom professor também, sabendo como educar e orientar o colaborador para a melhor execução das suas tarefas. 

Liderança e tecnologia

Na atual era marcada por transformações constantes no mercado de trabalho, a figura do líder nas organizações também se redefine, exigindo novas habilidades e adaptação a avanços tecnológicos. 

A adaptação dos cursos de administração é fundamental para equipar os futuros profissionais com habilidades relevantes. Os cursos precisam de atualização constante, enfatizando a necessidade de conhecimentos em áreas estratégicas, habilidades de relacionamento e, principalmente, a capacidade de adaptação às mudanças e inovações tecnológicas.

A identidade do administrador, conforme definida pela pesquisa da CFA, demanda ser um formador de equipes, articulador das áreas organizacionais, estrategista e hábil na gestão de recursos para resultados eficazes. Atualmente, muitos desses recursos provém da tecnologia. 

A tecnologia pode, hoje, ser utilizada para realizar a automação de processos, permitindo que tarefas mecânicas e repetitivas sejam realizadas por softwares e robôs, deixando que os seres humanos se ocupem de tarefas mais complexas, que necessitam de pensamento crítico, análise e reflexão. 

Um bom líder precisa estar a par das ferramentas tecnológicas disponíveis para realizar uma distribuição de tarefas eficiente e que otimize o tempo da equipe e os custos para a empresa. 

Hoje a tecnologia pode ser usada para:

Saber onde empregar os recursos humanos e onde os substituir por recursos tecnológicos e automatizados é o papel de um líder bem informado e atualizado em sua área de atuação. Assim, é possível reduzir o custo operacional das empresas, aumentando a eficiência, diminuindo os prazos de entrega e focando a força de trabalho dos seus colaboradores nas tarefas que realmente importam. 

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