Publicado em 20/04/2020
A pesquisa realizada pela AMPRO – Associação de Marketing Promocional, teve como objetivo entender como o mercado do Live Marketing está reagindo à crise provocada pelo novo coronavírus, bem como às medidas anunciadas pelo Governo em benefício das empresas.
O levantamento ocorreu entre os dias 31 de março e 6 de abril e constatou que a necessidade do isolamento social provocou cancelamento parcial de atividades para 70,3% do mercado; 27% responderam que estão sofrendo com cancelamento total dos serviços e apenas 2,7% responderam que não houve cancelamentos. Quando questionados se as atividades adiadas já têm novas datas definidas, 43,2% disseram que não, mas 27% afirmam que foram marcadas já para o 3º trimestre. Entre os demais, 18,9% informam adiamentos para o 4º trimestre de 2020 e 10,8% somente para 2021.
A respeito dos clientes que adiaram atividades, apenas 8,1% responderam que houve aditamento de contrato e pagamento adiantado às agências. A maioria – 70,3% – respondeu que os clientes apenas comunicaram o adiamento informalmente, sem qualquer compromisso, e 21,6% informaram que houve aditamento de contratos, mas sem qualquer pagamento até o momento.
No caso de cancelamentos de contratos já em andamento, a maioria – 51,4% – respondeu que os clientes aceitaram pagar apenas parte das despesas e honorários; 25,7% informam que os clientes negaram-se a pagar qualquer compensação e somente 22,9% afirmam ter recebido satisfatoriamente todas as despesas e honorários incorridos até o momento do cancelamento, inclusive as relativas a fornecedores.
Quando questionados sobre as medidas de socorro do governo, 51,4% dos respondentes informaram que foram insuficientes até o momento. Mais de 43% declararam não usar o crédito especial para financiamento do salário de funcionários até dois salários mínimos nem para o adiamento do recolhimento do FGTS. Dos que usaram as medidas propostas, 54% decidiram adiar o recolhimento do FGTS e apenas 27% estão usando o crédito especial para financiamento de salários. Entre os entrevistados, 89% têm receio de acessar crédito nesse momento, quando ainda há muita incerteza quanto ao futuro dos seus negócios.
O levantamento também buscou informações sobre a pretensão de redução das equipes contratadas nas agências. Das que pretendem demitir, 35,3% informaram sobre possibilidade de redução de até 25% do seu quadro, 14,7% podem reduzir até 50% do pessoal e 5,9% podem dispensar mais de 50% da equipe. 44,1% informaram que não pretendem demitir no curto prazo.
Sobre a retomada das atividades, a maioria – 40,5% – dos respondentes espera a volta à normalidade no 4º trimestre de 2020; 29,7% são mais otimistas e esperam o retorno já no 3º trimestre deste ano. Já os 29,7% restantes preveem a retomada somente em 2021.
“O levantamento concluiu que, pela incerteza quanto ao término do regime de isolamento imposto pela pandemia, é difícil tomar decisões definitivas. Com o passar do tempo, pode haver um agravamento da situação ou uma melhora, quando tivermos um horizonte de retorno das atividades. A AMPRO acompanhará pari passu, procurando captar as movimentações do mercado e atuar na melhoria do entendimento e nas relações entre clientes, agências e fornecedores do ecossistema do Live Marketing”, afirma o presidente executivo da AMPRO, Alexis Pagliarini.
O Live Marketing é um dos setores da economia que mais vem sofrendo com a crise do COVID-19. Por promover experiências de marca, ao vivo, é o que abrange atividades como ações promocionais, ativações de marca, campanhas motivacionais, de fidelização e eventos de diversos tipos, como feiras, congressos, simpósios, fóruns, lançamentos, shows etc que foram, em sua maioria, paralisadas durante a quarentena.