Publicado 03/02/2022
Quem nunca desmarcou uma reunião de planejamento para apagar um incêndio não precisa seguir lendo esse artigo. Pode parar aqui mesmo. Mas a verdade é que todos nós (que já fizemos isso uma ou muitas vezes nessa vida) precisamos seguir lendo, e mais do que isso, precisamos refletir sobre o quanto estamos prejudicando o crescimento dos negócios ao sermos literalmente consumidos pelo operacional em detrimento do estratégico.
Os mais fatalistas podem dizer que esse é um processo normal. O dia a dia consome nossa energia e sobra pouco tempo para planejar. Pode ser que as coisas estejam acontecendo assim, mas é hora de parar e pensar: o que queremos? Crescer? Prosperar? Aproveitar as oportunidades? Melhorar a qualidade dos serviços e produtos oferecidos?
Claro que sim, todos queremos crescer e consolidar os negócios. Por isso é preciso parar por um momento para analisar os seguintes aspectos:
- Qual é o objetivo da empresa neste ano?
- O que consta na estratégia que precisa ser executada?
- O quanto a decisão por uma ação ou outra afeta a estratégia?
- Eu preciso realizar pessoalmente essa estratégia ou posso delegar?
- Para quem eu vou direcionar essa demanda?
É preciso equilibrar o tempo dos gestores entre o operacional e o estratégico. O operacional responde pelos desafios do dia a dia, as ações imediatas, a resolução de problemas, enquanto o estratégico olha adiante, planeja o que virá, analisa as rotas percorridas até aqui e dá o direcionamento para o futuro do negócio.
Se de fato não houver tempo para estudar as ações necessárias e visualizar de fora para dentro e não o contrário, as atividades simples vão consumir tanto tempo que não haverá espaço para acompanhar outros processos de maneira macro, ou seja, acompanhar todo o escopo de ações estratégicas.
Para isso, aprendi em todo o meu tempo de gestão, que somente é possível gerenciar dessa forma se o seu time estiver alinhado e comprometido com o resultado. O pertencimento das pessoas nos projetos é essencial para que haja confiança de que o que precisa ser feito está sendo executado com excelência.
Um time alinhado, treinado e comprometido é o que vai fazer diferença para “desafogar” qualquer atividade operacional da gestão.
O fato é que times enxutos demais, extremamente dependentes e sem autonomia acabam consumindo o tempo dos gestores no operacional e deixando pouco espaço para pensar o futuro da empresa. Para reverter essa situação é preciso primeiro tomar consciência do problema e, em seguida, adotar medidas para gerir melhor o dia a dia e abrir espaço para olhar para o futuro.
Eu recomendaria basicamente focar em dois pilares fundamentais que tenho adotado durante minha carreira, nos negócios que gerenciei, para virar o jogo: processos e pessoas. Processos porque uma empresa precisa funcionar como uma orquestra afinada sem depender da sua presença para andar.
Pessoas porque são as lideranças que movem uma empresa, é preciso dar a elas autonomia para que conduzam o trabalho no dia a dia com liberdade e competência, seguindo os processos previamente estabelecidos. Assim, sobra tempo para os gestores se voltarem ao estratégico e garantir a longevidade do negócio. Experimente!