Publicado em 25/05/2020
O Futuro chegou com tudo e (quase) todos nós viemos instantaneamente vivenciar o home office e a utilização de plataformas de comunicação. Toda preparação e evolução pensadas pelas empresas neste caminho foram aceleradas, e muitos estão agora em uma curva de aprendizagem sem precedentes sobre a forma de trabalho.
Esta mudança trouxe algumas surpresas.
Todos os dias converso com gestores e executivos de diversas organizações e, quando pergunto como estão as coisas, é quase que uníssono: “E não é que a produtividade está ainda maior?”.
Também escuto vários outros comentários de como o número de calls está insano ou mesmo como é difícil a vida e o trabalho em casa com as crianças.
Mas, no geral, outro relato tem me deixado ainda mais perplexo. “Cara, acho que é um caminho sem volta. Estamos estudando estrategicamente a possibilidade de não voltarmos mais de fato para o escritório”.
Junto com estas mudanças na aprendizagem organizacional aconteceu um fenômeno.
Lives, lives e mais lives. Temos lives de tudo. Até lives sobre como fazer lives!
Há conteúdos segmentados entregues gratuitamente e palestras todos os dias em diferentes canais.
Existe aqui um excelente início de mudança na aprendizagem digital, onde o acesso aos conteúdos em si não é mais restrito como era antigamente (há 6 meses).
Antes conteúdo era poder. Mas este conteúdo é apenas o início daquilo que podemos integrar e chamar de aprendizagem deste novo presente.
O aspecto mais importante da aprendizagem é a participação, o protagonismo de quem está aprendendo. As ferramentas de live streaming hoje permitem esta interação por meio do chat, por onde as pessoas fazem perguntas, normalmente, nos minutos finais do roteiro.
Bueno, estamos falando aqui que apenas transferimos para o mundo digital o formato de aprendizagem tradicional de um professor falando e um monte de gente escutando. O que precisamos para a virada e a transição no mundo digital são formas de interação e participação das pessoas, onde o meio digital seja de fato um novo ambiente de aprendizagem.
Lives sim, mas melhor se acompanhadas de diálogos, fóruns, quizzes, games, materiais complementares, tudo dentro de uma jornada e experiência estruturada. Logo, ao terminar uma live, posso participar de um fórum, ler mais sobre o assunto, ver um vídeo, ouvir um podcast.
Ou seja. é necessário que sejam criados clusters de aprendizagem, que possibilitem interação e participação. Para enfrentarmos o desafio de agora e os outros que virão, precisamos ter métodos eficientes e ativos. Numa realidade VUCA temos que ser HULCA – Humanos Unidos Loucos por Conhecimento e Aprendizagem
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